Um post no Facebook relatando um caso de preconceito com um paciente que teria HIV e de omissão no atendimento de uma criança dentro do Pronto-Atendimento (PA) do Patronato está sendo apurado pela prefeitura. Conforme o texto da rede social em que o prefeito Jorge Pozzobom foi mencionado, "um senhor que gemeu e vomitou por três horas esperando atendimento, além de ter um sangramento no abdômen de um curativo velho".
Segundo a autora do post, ele foi ignorado por uma equipe de triagem do PA, a qual alegou que ele era soropositivo e alcoólatra. Mais tarde, a filha a da mesma mulher teve atendimento negado: "Entrei na sala com minha filha, que estava tendo uma alergia com muitos vergões pelo corpo e coceira extrema e edema de glote, simplesmente (a médica) não me deixou nem terminar uma frase, mandou eu me retirar que ela não era dermatologista e que não podia fazer nada, que eu deveria ir no posto procurar uma dermato, espera aí? Eu vou domingo no posto? Ou devo esperar ela se asfixiar e morrer?"
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A publicação foi feita no último domingo. Na segunda-feira, o vereador Admar Pozzobom (PSDB), que comentou o post, disse ter comunicado o fato à Secretaria de Saúde e ao superintendente de Saúde, Guilherme Ribas.
_ Temos um grupo de WhatsApp e relatei o caso ao superintendente e o pessoal das secretaria. Eles iam averiguar com os funcionários envolvidos, porque aquele não era o procedimento adequado _ conta o vereador.
A autora da postagem disse ter feito uma denúncia na Ouvidoria do município.
A Superintendência de Comunicação da prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde e das Ouvidorias, informou que tomou conhecimento dos fatos e está realizando os procedimentos internos legais para apuração. Já foram identificados os nomes da enfermeira e da médica que estariam envolvidas no caso. Os relatos estão aos cuidados da Controladoria e Auditoria Geral do município para que seja feita apuração legal do caso, procedimentos, estes, já em trâmite. Além disso, a prefeitura entrou em contato com a usuária do SUS informando que os encaminhamentos médicos aos pacientes e os procedimentos legais às servidoras estão sendo realizados.
Segundo a prefeitura, as gravações das câmeras do PA serão usadas para a apuração legal do caso. O Diário não teve acesso às imagens.